De Sam McBratney
Ilustrações: Anita Jeram
Você já tentou explicar o tamanho do amor que sente por alguém? Difícil, né? Na história deste livro, escrito por Sam McBratney, um pai e um filho coelho ficam tentando comparar o quanto um gosta do outro. Dá até um nó na garganta quando a gente vai lendo, porque é bonito demais e emociona mesmo. Tem bem pouco texto e letras grandes. Os desenhos também são fofos, feitos por Anita Jeram. E o final, engraçadinho e bem bolado.
Editora: Martins Fontes
Créditos:Adesal Mania Kids
Nossa que felicidade achei o texto do Livro,Adivinha quanto EU TE AMO!
Um texto que mexeu demais comigo!
Adivinha quanto eu te amo (com adaptações)
Era hora de ir para a cama, e o Coelhinho se agarrou nas longas orelhas da Coelha Mãe. Ele queria ter certeza de que a Coelha Mãe estava ouvindo.
-- Adivinha quanto eu te amo -- disse ele.
-- Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar -- respondeu a Coelha Mãe.
-- Tudo isto -- disse o Coelhinho, esticando os braços o mais que podia.
Só que a Coelha Mãe tinha os braços mais compridos. E disse:
-- E eu te amo tudo isto!
Hum, isso é um bocado, pensou o Coelhinho.
-- Eu te amo toda a minha altura -- disse o Coelhinho.
-- E eu te amo toda a MINHA altura -- disse a Coelha Mãe.
Puxa, isso é bem alto, pensou o Coelhinho. Eu queria ter braços compridos assim.
Então o Coelhinho teve uma boa ideia. Ele se virou de ponta-cabeça, apoiando as patinhas na árvore.
-- Eu te amo até as pontas dos dedos dos meus pés!
-- E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés -- disse a Coelha Mãe, balançando o filho no ar.
-- Eu te amo a altura do meu pulo! -- riu o Coelhinho, saltando para lá e para cá.
-- E eu te amo a altura do MEU pulo -- riu também a Coelha Mãe, e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos da árvore.
Isso é que é saltar, pensou o Coelhinho. Bem que eu gostaria de pular assim.
-- Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio -- gritou o Coelhinho.
-- Eu te amo até depois do rio, até as colinas -- disse a Coelha Mãe.
É uma bela distância, pensou o Coelhinho. Ele estava sonolento demais para continuar pensando. Então ele olhou para alem das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite. Nada podia ser maior do que o céu.
-- Eu te amo até a lua! -- disse ele, e fechou os olhos.
-- Puxa, isso é longe! -- disse a Coelha Mãe -- Longe mesmo!
A Coelha Mãe deitou o Coelhinho na sua caminha de folhas. E então se inclinou para lhe dar um beijo de boa-noite. Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo:
-- Eu te amo até a lua... IDA E VOLTA!
(Sam Mc Bratney)
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